Seguidores

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Bailarina ou Karateca?

 Venho de uma família de Consultores de Empresas e como você pode imaginar a vida dos meus pais sempre foi muito corrida. Como consequência, muitas vezes, tinha que me virar sozinha para fazer o que queria. Com 9 anos resolvi fazer Ballet  e a escola ficava no final da minha rua. Um local super famoso porém, me explicaram que eu era muito “‘velha” para aquela sala. Como não me senti acolhida acabei saindo depois de um mês. Assim encerrei a minha brilhante carreira de bailarina antes mesmo de começar e acabei entrando na aula de pintura. Fazia quadros em veludo e me lembro de pintar um belíssimo quadro de Nossa Senhora segurando menino Jesus, também pintava  vitral espelhado e claro não poderia deixar de fazer vários panos de prato. Ao chegar à adolescência mudei com a minha família para Portugal e a vida foi completamente diferente. Trabalhava muito, estudava muito e tinha muita liberdade para sair à noite, além disso tive a felicidade de morar em uma região de praias belíssimas, o  Algarve. Apesar de ter conquistado a minha liberdade, meu pai não gostava muito dessa ideia de chegar sempre tarde em casa. A segurança da família sempre foi sua prioridade. Um dia, em pleno verão, as praias fervendo de gente, os barzinhos e as discotecas no auge,  ele me disse: ou você faz um esporte de defesa pessoal, ou não vai mais sair à noite. Você pode imaginar a minha cara de indignação. Como assim? Esporte de luta? Apesar de adorar esporte eu não queria fazer arte marcial, ainda mais “obrigada”. Um pouco contrariada sai à procura de um local... qualquer lugar onde eu pudesse fazer algumas aulas e me livrar logo daquilo para poder fazer o que eu queria. No começo dos anos 90, na minha cidade as opções eram Kickboxer - que estava em alta por causa dos filmes do Van Damme ou Karatê. Kickboxer eu achava muito violento, então escolhi ver uma aula de karatê. Ao final da aula conversei com o professor e quando perguntei qual sapato deveria utilizar, ele respondeu: “Tu não percebeste? Karatê se pratica descalço!” Nesse momento tive a minha primeira lição: fiquei quase uma hora assistindo, mas eu não estava realmente lá, senão teria percebido que as pessoas não usavam sapatos! Essa é uma das causas do estresse: inconformidade entre a mente e o corpo, ou seja, quando a mente quer uma coisa e o corpo outra. Comecei as aulas e o que inicialmente era uma obrigação, acabou tornando-se uma paixão. Fiquei encantada com a filosofia, pelo respeito ao próximo e pela disciplina. A arte marcial nos força a conhecer os nossos limites e  nos mostra que eles não podem nos limitar quando decidimos ultrapassá-los. Com o tempo, a autoconfiança era visível e o mais interessante é que isso passou a permear todas as áreas da minha vida. Voltei para o Brasil e o retorno  não foi fácil para mim. Minha cabeça estava em Portugal na maior parte do tempo e achar um local para treinar foi essencial.  Estava indo tudo bem até que um dia meu novo Sensei se mudou para o Nordeste e não encontrei mais um local dos estilos Shito Ryu ou Shotokan para treinar. Aposentei meu kimono português e minha faixa verde. Segui em outros exercícios: academia, natação, tênis e... por que não a dança? Sempre gostei de dançar. Então um dia aos 35 anos resolvi conhecer uma escola de dança procurando sapateado, contudo a única aula que tinha era Ballet. Assim depois de tantos anos a vida me deu a chance de realizar algo que com 9 anos eu não pude. Hoje sou bailarina e pretendo fazer aulas para sempre. A elegância, força e maestria fazem parte do meu dia-a-dia. Entretanto… a chama do karatê nunca se apagou. Ficou guardada por todos esses anos e aos 42 anos encontrei o lugar perfeito para sonhar com a faixa preta. No ano passado fiz exame para a faixa roxa e quando recebi uma medalha pela troca de faixa, logo imaginei um jeito de homenagear o meu pai. O nosso escritório fica em Pinheiros e está sempre repleto de empresários, pensei então em me vestir de karateca no horário que estivesse cheio, entregar a medalha e fazer uma reverência mostrando a minha gratidão por lá atrás me pedir para escolher uma arte marcial. Fiz exatamente isso e o momento foi extremamente emocionante. Você pode estar se perguntando: Bailarina ou karateca? Ambos trabalham o equilíbrio, a energia, o comprometimento, valores, amizade, autoestima, elegância, postura e tantas outras coisas que não tenho como escolher, os dois já se misturaram dentro de mim. Inclusive, muitas vezes saio do treino de karatê e vou fazer aula de Ballet...de kimono e sapatilha. Lembrei de uma frase que a minha avó sempre me dizia: “Nem sempre vamos fazer tudo o que gostamos, mas podemos gostar de tudo o que fazemos”. A vida me trouxe o que eu queria e muito mais. 


Que o meu carinho, minhas palavras e meus pensamentos permaneçam com você. 

   

Thatiana Rhades 


Consultora de Empresas & Coach


Whatsapp: +55 11 976.160.133


terça-feira, 8 de setembro de 2020

" Depressão Empresarial"

“Nesse momento, você está em uma encruzilhada. Esta é a oportunidade de tomar a decisão mais importante de sua vida. Esqueça o passado. Quem você é agora?  Quem você realmente decide ser? Não pense em quem você foi. Quem você decide se tornar? Tome essa decisão conscientemente. Cuidadosamente. Poderosamente” - Anthony Robbins.


Acredito que um texto nunca chega por acaso nas mãos de alguém. Ele segue o seu próprio caminho, por isso resolvi compartilhar nesse artigo um pouco do que sei e ensino. Trabalho com Consultoria de reestruturação de empresas há mais de 20 anos e também como Coach (Life, Business & Executive). Em todos esses anos, inúmeras vezes vi empresários chegando ao meu escritório com as mais diversas situações profissionais e pessoais. Muitos estão à beira de fechar a empresa, com pedidos de falência batendo à porta, vendendo os bens para se livrarem das dívidas, com a saúde debilitada com tantas preocupações, família se desfazendo, sociedades abaladas e se sentindo incapazes por não encontrarem uma solução. Já presenciei também momentos de grandes transformações pessoais e profissionais. Vivi grandes emoções ao longo desses anos e ainda hoje, por vezes, preciso disfarçar uma lágrima que teima em cair quando ouço o quanto um empresário agradece a família por se unirem para enfrentarem os problemas juntos. Como os empresários, com tantos sonhos e anos de experiência no seu ramo, podem chegar nesse estágio de não ter fluxo de caixa para pagar as despesas do cotidiano, perderem a saúde e a paz de espírito de tantas preocupações? Para demonstrar como uma empresa pode entrar nesse estágio de dificuldade,  acompanhe a seguir, a jornada do nascimento de um negócio baseado nas ideias de Blair Singer. Quando uma empresa nasce, ela ainda não existe para o mercado, ela está imperceptível ou invisível. Normalmente o empresário se sente inseguro e ansioso. Isso também acontece com um novo emprego ou quando mudamos de cidade. Para que as pessoas saibam do novo produto, o empresário terá que servir ao grupo, falar com seus amigos, pegar indicações, ligar, marcar reuniões, apresentar seus produtos e investir em marketing. Depois de certo tempo as pessoas começam a entrar em contato. Eventualmente os primeiros clientes começam a aparecer e o dono é quem faz tudo: compra, entrega, cuida do financeiro, da logística, responde whatsapp, telefone e e-mail. E a fase do caos começa. A palavra que impera é trabalho, trabalho, trabalho, porque o empresário é o sistema, no entanto ele não aguenta tudo sozinho. Podendo gerar estafa e até mesmo frustração. O jeito para sair dessa fase é contratar uma pequena equipe para ajudar nos processos, ter foco e saber aonde quer chegar. Com o tempo a empresa começa a estabilizar e aqui é um divisor de águas.  Dependendo das escolhas do empresário quando essa  fase de estabilidade  chega, ou a empresa cresce, com novas estratégias para chegar a um nível de abundância ou ela começa a se endividar podendo entrar em uma fase de emergência, gerando pânico. Normalmente com a estabilidade e talvez até um pouco de dinheiro em caixa, o empresário pode entrar na zona de conforto e ao invés de fazer reservas, começa a gastar porque “afinal merece” e esquece de fazer a gestão financeira que é importante em todas as fases. Com uma certa sensação de sossego financeiro, o empresário troca de carro ou quem sabe compra um novo apartamento. Começa a gastar mais do que poderia e desfoca do principal: sua linha de ganho. Gastando mais do que ganha, a empresa fica sem fluxo de caixa e uma das opções é aumentar o prazo de pagamento dos fornecedores, atrasar as contas e pegar dinheiro em banco, aumentando mais as prestações. Entretanto o empresário será testado quando faltar dinheiro dentro da empresa. É uma correria para ele conseguir capital para continuar funcionando. É comum o empresário criar um buraco financeiro para tapar outro buraco financeiro e assim a empresa vai sobrevivendo. Isso inclusive pode até dar certo por muitos anos. Contudo caso ocorra uma inadimplência, aumento das despesas, um grande cliente deixar de comprar, ou a ocorrência de qualquer evento externo, com certeza tudo isso mostrará a fragilidade que a empresa tem de não possuir recursos em dinheiro e reservas financeiras para aguentar esse momento delicado. Isso pode desestabilizar  o empresário. Esse momento onde a fragilidade financeira abala o empresário emocionalmente, escolhi chamar de DEPRESSÃO EMPRESARIAL. Depressão é uma palavra muito utilizada atualmente e segundo o dicionário Aurélio, “Depressão é a ação ou efeito de deprimir, de se abater física ou moralmente. Enfraquecimento físico ou moral, desânimo, esgotamento ou abatimento". Contudo, o empresário não entra em pânico ou depressão empresarial porque pegou dinheiro no banco para pagar despesas, isso já seria um alerta. Ele entra em desespero quando o banco não empresta mais dinheiro, quando os cheques são devolvidos por não terem fundo, ou os fornecedores pararam de entregar mercadoria por falta de recebimento. A empresa ao chegar nessa fase,  já passou por diversos momentos que dariam para ter brecado a crise. Com a fase de emergência financeira instalada, além dos problemas da empresa, isso afetará o empresário na parte pessoal: contas pessoais atrasadas, relacionamentos, a parte espiritual, saúde e emoções. Quando isso acontece, a grande questão é: como fica a cabeça do empresário? Ele pode ficar irritado com frequência, ansioso, perder o sono, ficar sem comer, ter dores de cabeça, dores no estômago e um dos grandes indicadores que a situação está fora de controle é quando o empresário perdeu a vontade de ir para a empresa e já está se desfazendo de bens para fechar o buraco. Uma dica muito importante aqui, vender os bens não é a melhor estratégia para sair da crise, a não ser que o empresário saiba exatamente o que fará com o dinheiro. Ninguém quer entrar em crise, mas todos passam por ela e pode ser em qualquer área da vida. O segredo é encontrar saídas rápidas para ficar o menor tempo possível nesse estágio. Principalmente na crise emocional envolvendo a parte financeira. Você pode estar se perguntando: “Não é melhor desistir de tudo? Ou existe solução para essa crise na empresa e na parte pessoal”? Desistir pode não ser a melhor opção, porque até para fechar uma empresa tem que haver planejamento. Sim, existe solução para tudo isso, tanto para a parte financeira quanto para o empresário ter ânimo novamente e vontade de ir para a empresa. Para solucionar não dá para focar em todas as áreas ao mesmo tempo. Sempre escolho começar pelo aspecto financeiro e pelas emoções. Claro um pouco de fé sempre ajuda. Acredito em uma frase do T. Harv Eker, do livro “Os segredos da mente milionária“ O jeito que você faz uma coisa, é o jeito que você faz tudo”. Ao mudar o jeito de pensar em uma área da sua vida, todas as outras áreas serão afetadas. Ou seja, a vida vai se ajustado para melhorar tudo ao mesmo tempo, mesmo sem ter sido o foco principal. Se você está a ponto de entrar em crise na empresa ou na parte pessoal, ou até mesmo você está bem, mas gostaria de saber como não deixar a sua empresa em crise, entre em contato. Lembre-se: Quanto mais tempo o empresário demora em pedir ajuda, mais caro fica para solucionar. Você pode salvar a sua empresa!  


Paz e luz


 Thatiana Rhades


Consultora de Empresas & Coach


Whatsapp: 55 11 976.160.133 


terça-feira, 1 de setembro de 2020

“Nós escolhemos ir à lua, não porque é fácil, mas porque é difícil.” - John F. Kennedy.

Você já assistiu ao discurso do Kennedy sobre ir à lua? Ele é magnífico e jubiloso, por isso vou transcrever um pedaço para que você também se inspire: “Mas por que, alguns perguntam, a lua? Por que escolher este como o nosso objetivo? E podem também se perguntar por que escalar a montanha mais alta? Por que 35 anos atrás, voar pelo Atlântico? Nós escolhemos ir à lua, não porque é fácil, mas porque é difícil. Este objetivo servirá para nos organizar e medir o melhor da nossa energia e habilidades. Nós enviaremos à lua, um foguete gigante com mais de 300 pés ( 91 metros) de altura, feito de novos materiais que ainda não foram inventados. Capaz de aguentar calor e pressão, montado com a precisão melhor do que os melhores relógios, carregando todo equipamento necessário para: propulsão, navegação, controle, comunicação, alimentação e sobrevivência em uma missão nunca tentada para um corpo celestial desconhecido e retornar em segurança para à terra... Temos que ser fortes”. Esse discurso nos coloca em outro patamar de possibilidades! Tendemos a escolher o que é mais fácil fazer no cotidiano. Escolhemos objetivos pequenos com medo de falhar. O medo da frustração pode nos limitar. Anthony Robbins um dos grandes coaches da atualidade tem um pensamento bem interessante sobre objetivos: “Formular objetivos tem um poder que a maior parte das pessoas desconhecem. O importante ao formular objetivos não é o que você vai obter de coisas materiais, mas sim QUEM você se tornará” Qual o tamanho do seu sonho? Quem você quer se tornar? Você já ouviu falar que quando os sonhos são grandes os obstáculos são pequenos? Todavia, quando os sonhos são pequenos os obstáculos são gigantescos e a probabilidade de você desistir também é grande. Quando fiz o curso de coach, em um dos módulos tínhamos que quebrar uma madeira no soco. A princípio eu não queria fazer, vi algumas pessoas se machucando porque queriam acabar logo com o exercício. Eu sou karateca,  e mesmo com receio dominei o medo e resolvi quebrar a madeira. Havia um propósito nesse exercício que era quebrar o bloqueio emocional que eu quisesse para poder atingir mais facilmente meus sonhos. Entretanto, tirei outra lição desse exercício. Se você pensar em chegar na madeira para quebrar pode se machucar, porém, ao visualizar o seu punho atravessando-a,  fica fácil entrar em ação e quebra-la com o soco. Como escrevi acima, sou karateca, mas ainda não sou faixa preta. Fiquei 27 anos na faixa verde e ser faixa preta não era algo que fizesse diferença para mim. Além disso, não encontrava o local ou quando achava não tinha horário que eu pudesse fazer. Isso mudou em 2018 quando descobri o local perfeito. No segundo dia de aula, decidi: quero ser faixa preta! Não escolhi esse objetivo por ego ou orgulho, mas por quem me tornarei para ser faixa preta. O quanto tenho que treinar e crescer em diversos aspectos. Tenho que descobrir maneiras de estar focada nesse processo e como manter minha energia sempre em alta. Em 2019 fiz exame para a faixa roxa e sigo treinando para o exame da faixa marrom e depois a tão sonhada faixa preta. Mas aqui está o segredo: para ter a faixa preta, estou mirando o segundo Dan. Dan são níveis de maestria nas artes marciais japonesas.  Utilizo muito esse exemplo com os clientes de consultoria financeira e com os clientes de coach. Para tudo o que você quer conquistar você tem que imaginar indo além. Por exemplo, você tem uma empresa e gostaria de aumentar seu faturamento em 10% nos próximos 3 meses. Monte uma estratégia para aumentar 20% e com certeza atingirá o seu propósito de aumentar em 10% o faturamento. Você também pode elevar seus objetivos em qualquer área da sua vida! Qual é a sua “lua”? Qual o tamanho dos seus sonhos? As respostas te colocarão em outro patamar de conquista e elevarão o seu nível de energia. Eu quero que você acorde com uma energia e disposição espetacular para você alcançar o sucesso que deseja. Naturalmente ao longo do dia sua energia cairá. Acompanhe os artigos e você aprenderá como manter a sua energia alta além de muitas estratégias de desenvolvimento pessoal e educação financeira. Afinal quem tem mais energia ganha o cliente, consegue a vaga de trabalho, conquista o relacionamento dos sonhos e a tão almejada liberdade financeira. O Dr. em terapêutica espiritual Norman Vincent Peale escreveu: “Jogue seu coração por cima da barra e seu corpo não terá outro caminho a não ser segui-lo”.

Paz e Luz

Thatiana Rhades

Consultora de Empresas & Coach

WhatsApp: 55 11 976.160.133